terça-feira, 10 de julho de 2012

:EU ERA,SIM,UMA ROSA

"E eu então,mulherzinha de 8 anos,considerei pelo resto da noite que enfim alguém me havia reconhecido: eu era,sim,uma rosa"


Dotada de um estilo simples, porém extremamente profundo, Clarice Lispector sabe nos tocar da maneira mais singela. Ao ler o conto "Restos do carnaval" do livro escolhido da vez FELICIDADE CLANDESTINA, me vi menininha de 8 anos e pude assim como a protagonista experimentar cada sensação...cada ansiedade. Gosto de leituras assim, que nos conduzem pelo enredo mas principalmente que nos fazem sentir.

Clarice Lispector é capaz de transformar por meio de sua escrita algo rotineiro em um evento cheio de significações. Suas palavras quando colocas no papel criam mais do que sentido, criam vida. Com a sua leitura somos capazes de sentir cada instante e é disso o que eu gosto nela. Gosto de ir até onde poucos autores vão: o íntimo da alma humana. Um escritor definiu bem como a autora conduz as suas narrativas: " O que,aparentemente,é uma narrativa simples e despretensiosa,quando desvendada,adquire peso material,por remeter o leitor a uma reflexão sobre verdades universais".

Ao procurar sobre os livros da autora,decidi que FELICIDADE CLANDESTINA seria o livro da vez. O título me chamou atenção e a idéia sobre a reflexão do que seria a felicidade tornaram a escolha ainda mais interessante. Não há como entendermos a clandestinidade da felicidade se não sabemos, de fato, o que ela é e o que representa para cada um de nós.

O livro é composto por 25 contos e o título é dado pelo primeiro conto que é felicidade clandestina.

Espero que assim como eu vocês experimentem cada sensação,

Um beijo,

Marina Costa

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